domingo, 13 de abril de 2014

Namicke - Base

-Que comece o primeiro ato.

 As folhas de seu caderno esvoaçaram, o vento folheando-as até parar em uma página em branco. Um brilho esverdeado saia dali enquanto escritos em caligrafia perfeita surgiam.

 Transportados para um salão de duelos iluminado apenas por um candelabro e algumas lamparinas distantes, os dois invasores de cena se afastaram um pouco enquanto se entreolhavam com espanto.

-O negro da tinta se espantará com teus atos, Cináed, e tingirá as páginas num tom tão vermelho quanto seus olhos de granada! - a menina a segurar o livro pronunciou, então um circulo azul se formou sobre si.

 Instantaneamente a figura do tamanho de sua mestra surgiu, um sorriso de inocente animação se formando em seus lábios. Os cabelos eram negros, a pele café com leite e os olhos, assim como descritos, de um vermelho tão intenso quanto o da pedra preciosa. A menina, Namicke, que não era tão menina assim - já em seus tantos séculos, porém com a eterna aparência de dezesseis - olhou-o de canto e com um sorriso o incentivou a avançar. Seus cabelos eram de um vermelho vivo, quase em tom rosa escuro, os olhos verdes como os de um gato - haviam algumas poucas sardas em suas bochechas.

 Um dos indesejados telespectadores avançou para perto de Namicke, que se sobressaltou e perdeu o foco na batalha do servo contra o ceifador.

-O que faz aqui, Ishkur?! - Sibilou, desviando o olhar dos olhos tempestuosos do colega.

-Nós te seguimos, droga! Não sabiamos que... - Neste momento o ceifador foi lançado contra a parede, "voando" por trás de Namicke e produzindo um sobressalto em Ishkur.

-Tsh... Escute aqui, você não viu nada, sim? Absolutamente nada. - Seus olhos se afiaram, então se virou e caminhou até onde seu servo segurava o ceifador. - Mestre Souled, que honra. - recebeu um rosnado - Havia esquecido que seu tipo de ceifador não fala, perdoe-me - gargalhou - Acabe com isso, Cináed.

 Não foi preciso nova ordem. O servo cravou uma adaga de brilho azul-claro no cranio aparente do ceifador, que se desfez em sombras e deixou para trás apenas um cordão de pérolas negras e seu manto esfarrapado. Namicke se abaixou, recolhendo-as, ergueu o rosto e segurou o cordão pela ponta, direcionando-o à garganta.

-Ei, o que vai fazer?! - o outro invasor de cena, Joy, resolveu se pronunciar.

 Não teve resposta. O cordão despencou, os olhos de Namicke brilharam, sua pele por um momento ficou cadavérica e então voltou ao normal. Contorceu o pescoço, então olhou novamente para eles e escreveu algo no livro que continuava em mãos.

-Fim de cena. - uma piscadela para seu colega, tudo ao redor se desfez e então haviam apenas os dois amigos no corredor da escola.



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 Hooy, gente! Como vão vocês?

 Bem, resolvi começar a postar minhas histórias aqui também. Esse é um pedaço da história da minha personagem Namicke, que ainda está em desenvolvimento. Ficou meio confuso, verdade, mas espero que com o tempo isso vai melhorar...

 Em resumo, Namicke é uma ceifadora de almas e ela rouba as almas (que são materializadas como pérolas negras) de sub-ceifadores para poder sobreviver. Cináed, ou em nome humano Tonyh, é seu servo e ao contrário do que se imagina são melhores amigos.

 Ishkur é o humano pelo qual Namicke se apaixonou e Joy o melhor amigo dele. Quando entram por engano na sala de duelos invocada por Namicke, Joy é o único que Namicke retira as memórias - ela assume sua identidade para Ishkur através de indiretas, porém ele não entende de fato o que ela é. Assim, em dado momento, ele diz para ela que não precisa esconder sua natureza logo depois dela dizer que se sente reprimida, pois tem que controlar suas vítimas. Ela entende isso como um "Para quê ficar caçando ceifadores quando você mesma pode ceifar?" e resolve aceitar essa sugestão.

 Depois disso ainda tenho que desenvolver a história, mas essa é a base. Acham que está legal?

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