terça-feira, 26 de agosto de 2014

Tormenta

Estou cansada de chorar
Estou cansada de esconder,
de sangrar por você sem você saber
Quero parar de fingir não entender
Gritar para todos o quanto gosto de você
Gritar para todos o quanto te desejo desde aquele nosso primeiro beijo
Mas por mais que eu grite, por mais que eu te chame
Você nunca se vira para me encarar
Nunca se vira para os meus olhos ver

Então me diga por favor
Me diga o que há com você
Me diga por que me faz sofrer nesta amarga dor
Por que insiste em fazer de minha vida uma sinfonia fora de sintonia?
Por que levou com você toda minha tristeza e aproveitou para levar também a alegria?

O vazio que em meu peito se instalou é cruel
O som do nada ecoa em meus ouvidos,
Meus olhos vidrados para o lamento que passa sobrevoando no céu sem estrelas ou sol
E tudo que posso pensar é nos seus lábios doces como o mel
Em seus olhos verdes que se tornaram meu tormento, que não saem do meu campo de visão mesmo quando você não está

E tudo que posso imaginar é a pergunta
Por que fez isso com quem te amou?

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Estratégias

Eu grito, mas você não escuta
Te abraço, mas nada você sente
E quando fala você apenas mente
Por que apenas eu estou nesta luta?

Eu planejo estratégias para nós dois
Traço sonhos para ser sua
Mas você observa apenas a lua
Me diga onde seu coração foi!

Estou cansada da batalha
Acordando humilhada até mesmo pela imagem muda de seu rosto
Desperdiçando meus tempos olhando você segurar a navalha
E apontar para meu coração com a crueldade de um monstro

Mas que belo monstro és
Eu realmente não deixaria nosso beijo para depois
E mesmo que me faça sofrer eu sei que a mim você ainda quer
E que esse romance foi feito apenas para nós dois

Veja, veja o brilho em meus olhos
Apenas eles podem ver quem você de fato é
Veja, veja o passado dos nossos amores
Nem um se compara ao que este é

Mas ainda assim
Sempre que planejo estratégias para nós dois
Traçando sonhos para ser sua
Você apenas observa a rua...
Por favor, mova seus olhos até mim!

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Only Obsession

Ela se aproximou de você
Elogios ao vento, esqueça isso
Um abraço por trás,
Você não está vendo?

Eu mudaria todo o cenário
Pra te provar que o amor dela é o pior
Jogaria pela janela o armário
Te roubaria as chaves do carro
E te digo, baby, o meu amor é o melhor

Ela está te tocando
Não me importo,
Não devo me importar
Eu sei que sou,
que sou a única
Apenas não entendo...

Por que ainda não chorei?
Eu sei que você é aquele que eu mais amarei
Então por que ainda não chorei?

Hey, baby, eu mudaria todo o cenário
Pra te provar que o amor dela é o pior
Tiraria das cadeiras as pessoas e as colocaria no armário que joguei pela janela
E com as chaves do carro que roubei colocaria nós dois no banco traseiro
E te digo, baby, o meu amor é o melhor

O armário está queimando
Não me importo,
Não devo me importar
Eu sei que sou,
que agora eu sou a única
Apenas não entendo...

Por que você está gritando?
Eu sei que sou um pouco obsessiva
Mas por que está gritando que eu nunca te amei, que estou apenas te matando?




Ou seja, meus doces pores-do-sol, não sejam amantes obsessivas(os)!

sábado, 17 de maio de 2014

Lack of Feeling

Eu sinto muito,
Eu sinto tanto,
Eu sinto os ruídos, os ecos
Eu sinto os lamentos do que foi um amor

Eu senti esperança
Eu senti prazer
Mas agora tudo que tenho é um desejo de vingança
E isso faz a tristeza consumir meu ser

Eu sinto por ter te perseguido
Eu sinto por ter sonhado
Eu sinto por ter desistido
Eu sinto por agora meu coração estar abandonado, quebrado

Mas o que mais posso sentir?
Sentimentos em vão, é isso que você me deu
E que com inocencia nisso insisti

Você me furtou a inocencia
Inundou-me com sua indecencia discreta
Eu então sofri a falta da sua presença
E me perguntei, tola e direta,
O que foi para você aquele beijo?

O silencio congelante não demorou para me envolver
Não era atoa,
Afinal eu só pensava em você
E finalmente me peguei pensando, chorando e sonhando
E finalmente descobri o gosto de adormecer de tanto lamentar
Mas também, finalmente quis me tornar um ser apatico
E me peguei então lembrando
'Não eram eles que detestavam apatia?'
Pois, sim, eram
E então descobri que era tudo isso uma armadilha

Descobri que o que vem de dentro é a verdadeira tortura
Descobri que o ódio é o mais verdadeiro sentimento
Descobri que quem ama está sujeito a contra si cometer uma loucura
E descobri que quem sofre está sempre recheado de ternura


 Oi, gente! Tudo bem com vocês? Espero que sim, pois comigo não está nada bem.
 Estou cheia de coisas para escrever, não por dever, mas como desabafo. As rimas estão fugindo de mim e isto torna difícil me desabafar por meio de poesias...
 Sabe, eu realmente quero saber o motivo de alguém atormentar outro alguém com falsas esperanças. Eu realmente não entendo por que alguém haveria de desejar tanta crueldade ao outro! Céus, pior, eu não entendo por que esse outro insiste em se recusar a aprender com a dor e continuar amando. E eu não entendo por que não consigo sentir apatia mesmo depois de tudo que acontece.



terça-feira, 29 de abril de 2014

From the Wind, for Kath

Lanço pedidos de desculpa ao vento
Lanço abraços ao vazio
Minha dor eu só aumento
Mas então, insana, eu rio.


Agarro meus braços me envolvendo
Murmuro consolos, temo,
Me encontro no fim da linha,
Mas eu sempre aguento.


Desperto pela falta do seu olhar,
Me perturbo,
Te procuro,
Te persigo
Você irá me responder?
A angustia me atormenta, ah céus,
Me desculpe!


Estou errada por algum motivo
Assumo qualquer erro por ti
E amaldiçoo meu lado emotivo
Que eu sei que por ti irá sangrar furtivo


Escreverei para você até meus dedos sangrarem
Correrei até você até meus ossos se deslocarem
Morrerei por você até minhas passagens pelo barqueiro se esgotarem
E eu farei tudo até seus olhos outra vez me olharem


As pontes estão queimando atrás de mim
Lentamente tombam de encontro ao rio
E eu te garanto, eu nunca me senti assim
E eu te garanto, eu nunca quis te fazer sentir assim


E se nada disso for suficiente
Se nada disso for de fato o que você esperava
Se por nada disso você me perdoar
Se por isso você mais me odiar
Eu te garanto, Kath, novamente eu vou te conquistar
E então eu te garanto, Kath,
Eu nunca mais vou errar.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Little Secret

Hey, me deixe te contar um pequeno segredo
Te mostrar um pouco do meu desejo que,
Se soubesse o quanto é ardente,
Jamais deixaria escapar


Hey, a perseguição é minha ou sua? Já nem sei mais
Apenas me deixe te contar um segredo:
Se eu morder, deixo revidar
E se revidar é obrigatório mostrar como se faz


Não estou louca ainda, eu acho
Apenas um pouco atordoada por esse perfume...
Eu nem me lembro como rimar! E como raios pensa?
Não consigo sentir outra coisa enquanto estou do seu lado, mas...


As rimas sempre voltam, não é?
Um sentimento de timidez me convence a recuar
A coragem é levada junto com a maré
Ah, será que você iria acreditar?

For A Maniac Persecutor

Talvez seja besteira
Apenas eu em devaneio
Talvez você nem mesmo queira
E se de fato for paixão, não creio


Não sei bem se já notou,
Não sei se há algo
Ou foi só por acaso que com o meu o seu olhar cruzou.


Quem sabe seja ilusão
Quem sabe meu sentimento não seja nem irritação
E quem sabe ainda tudo que eu queira seja seu perfume forte e enjoante,
ao mesmo tempo que embriagante,
Seus olhares 'secretos', suas disfarçadas indiscretas,
Dê-me apenas mais um gole de seu amor, por favor.


Sim, por favor,
Apenas enlace minha cintura e me puxe ferozmente
Apenas deixe nossos corpos rente
Apenas enlouqueça minha mente
E se em algum momento isso falhar, repita novamente
Porque você me entorpece, cara,
E isso me deixa de um jeito inexplicavelmente quente
Ao ponto de esgotar isto com rimas toscas repetitivamente

domingo, 13 de abril de 2014

Namicke - Base

-Que comece o primeiro ato.

 As folhas de seu caderno esvoaçaram, o vento folheando-as até parar em uma página em branco. Um brilho esverdeado saia dali enquanto escritos em caligrafia perfeita surgiam.

 Transportados para um salão de duelos iluminado apenas por um candelabro e algumas lamparinas distantes, os dois invasores de cena se afastaram um pouco enquanto se entreolhavam com espanto.

-O negro da tinta se espantará com teus atos, Cináed, e tingirá as páginas num tom tão vermelho quanto seus olhos de granada! - a menina a segurar o livro pronunciou, então um circulo azul se formou sobre si.

 Instantaneamente a figura do tamanho de sua mestra surgiu, um sorriso de inocente animação se formando em seus lábios. Os cabelos eram negros, a pele café com leite e os olhos, assim como descritos, de um vermelho tão intenso quanto o da pedra preciosa. A menina, Namicke, que não era tão menina assim - já em seus tantos séculos, porém com a eterna aparência de dezesseis - olhou-o de canto e com um sorriso o incentivou a avançar. Seus cabelos eram de um vermelho vivo, quase em tom rosa escuro, os olhos verdes como os de um gato - haviam algumas poucas sardas em suas bochechas.

 Um dos indesejados telespectadores avançou para perto de Namicke, que se sobressaltou e perdeu o foco na batalha do servo contra o ceifador.

-O que faz aqui, Ishkur?! - Sibilou, desviando o olhar dos olhos tempestuosos do colega.

-Nós te seguimos, droga! Não sabiamos que... - Neste momento o ceifador foi lançado contra a parede, "voando" por trás de Namicke e produzindo um sobressalto em Ishkur.

-Tsh... Escute aqui, você não viu nada, sim? Absolutamente nada. - Seus olhos se afiaram, então se virou e caminhou até onde seu servo segurava o ceifador. - Mestre Souled, que honra. - recebeu um rosnado - Havia esquecido que seu tipo de ceifador não fala, perdoe-me - gargalhou - Acabe com isso, Cináed.

 Não foi preciso nova ordem. O servo cravou uma adaga de brilho azul-claro no cranio aparente do ceifador, que se desfez em sombras e deixou para trás apenas um cordão de pérolas negras e seu manto esfarrapado. Namicke se abaixou, recolhendo-as, ergueu o rosto e segurou o cordão pela ponta, direcionando-o à garganta.

-Ei, o que vai fazer?! - o outro invasor de cena, Joy, resolveu se pronunciar.

 Não teve resposta. O cordão despencou, os olhos de Namicke brilharam, sua pele por um momento ficou cadavérica e então voltou ao normal. Contorceu o pescoço, então olhou novamente para eles e escreveu algo no livro que continuava em mãos.

-Fim de cena. - uma piscadela para seu colega, tudo ao redor se desfez e então haviam apenas os dois amigos no corredor da escola.



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 Hooy, gente! Como vão vocês?

 Bem, resolvi começar a postar minhas histórias aqui também. Esse é um pedaço da história da minha personagem Namicke, que ainda está em desenvolvimento. Ficou meio confuso, verdade, mas espero que com o tempo isso vai melhorar...

 Em resumo, Namicke é uma ceifadora de almas e ela rouba as almas (que são materializadas como pérolas negras) de sub-ceifadores para poder sobreviver. Cináed, ou em nome humano Tonyh, é seu servo e ao contrário do que se imagina são melhores amigos.

 Ishkur é o humano pelo qual Namicke se apaixonou e Joy o melhor amigo dele. Quando entram por engano na sala de duelos invocada por Namicke, Joy é o único que Namicke retira as memórias - ela assume sua identidade para Ishkur através de indiretas, porém ele não entende de fato o que ela é. Assim, em dado momento, ele diz para ela que não precisa esconder sua natureza logo depois dela dizer que se sente reprimida, pois tem que controlar suas vítimas. Ela entende isso como um "Para quê ficar caçando ceifadores quando você mesma pode ceifar?" e resolve aceitar essa sugestão.

 Depois disso ainda tenho que desenvolver a história, mas essa é a base. Acham que está legal?

quinta-feira, 27 de março de 2014

Matrioskas

 Meu notebook está ficando meio doido, isso é ruim - inclusive estou no Modo de Segurança, já que o normal não funciona de forma alguma. Imagine, começar My Song Inside e já quebrar tudo! hahah
 Bem, quarta-feira (26, ontem) eu e o pessoal do teatro ficamos encarregados de criar uma história, música ou poema sobre o objeto que define uma pessoa aleatória. Acabei por pegar a estagiaria do teatro e, resumindo, farei algo sobre matrioskas (aquelas bonecas "russas" que vem uma dentro da outra, sabem?).
 Não sei se faço uma pequena historinha ou um poema, estou em uma dúvida terrível! Resolvi então escrever um pouco sobre elas aqui e me basear nisso para deixar minha mente fluir. Que venha o que vier! eheh

" As Matrioskas, bonecas de madeira delicadamente pintadas e torneadas, são colocadas uma dentro da outra em lembrança ao infinito e da certeza de que dentro de tudo sempre existe algo, como em um infinito de surpresas. "

Nisso acredito que já dê para fazer algo bem legal... Vejamos...

" Corrente infinita de donzelas,
ah, tão doce perfeição guardada no fundo
- quantas mais terei eu que abrir?
 Mas conforme o tempo passa mais tenho certeza de que gosto de todas elas
e, assustada, noto que não percebi passar o tempo nem por um segundo
- estava tão inebriada em seu fim descobrir!

 Minhas donzelas me seduzem a cada instante
vão indo do pequeno ao grande
mudando a cada momento seu tom

 Minhas bonecas tão belas me encantam
desenhadas em porcelana com tons finos de pincéis
as cores tão firmes que não serviriam para meros papéis

 Minhas matrioskas, por que são tão atroz?
não me canso de abri-las, talvez eu enlouqueça
 Estou de fato tão longe de seu final,
ou estou apenas a alguns rostos de seu coração oco?
 Seria de fato seu coração tão oco quanto sinto que é
ou não só suas expressões e sorrisos são infinitos,
mas também as surpresas de me fazer perder a voz? "

 Eu realmente não sei se isso ficou bom para uma apresentação, espero que sim. Também não sei se vou apresentar esse mesmo, vai que eu mudo de ideia e crio outra coisa, né? hahah  Mas eu pessoalmente gostei, apesar de achar que poderia ter feito mais.

segunda-feira, 24 de março de 2014

Mascarade

 Ela chama a si todo o céu com um único sorriso
 E canta, e dança, e se torna leve em todo seu ser
 Ser este que mesmo com tamanha doçura não te poupa aviso
 - Não deixe sua alma escurecer! –

 Mas ah, tão bela mulata
 De olhar impreciso e tão bem arrumada
 Cercada por flores e anéis de prata,
 - Não se permita ser esfarfalhada! –

 Pois em toda sua grandeza e poder
 Que a todos encanta e faz sofrer
 Sei que há ali também certo jeito de arder
 Que muito deve te fazer temer.

Monique's Last Crescendo

  No ar a brisa errante
  Pássaros estão a cantar
  No céu azul as nuvens mergulham
  Sem a paisagem estragar

  Um som de violino que ecoa
  A música que a todos faz vibrar ressoa
  Apenas um sonho distante, mas não ouse se desencorajar
  Saiba que um dia, não tão perto nem tão longe,
  Todos irão te amar

  O bater de asas na janela te frustra,
  O som dos canhões te assusta
  Apenas esqueça que um dia terei que ir embora e estará tudo bem, mestra.

  Mas talvez a fumaça marque presença no espetáculo desta noite
  Que sabor terá o fogo?

  Agora no ar fica apenas aquela mesma brisa
  Nem todos os pássaros continuam seu canto
  No céu azul as nuvens escuras se arrastam
  Um sabor de queimaduras paira no ar
  Mas a dor...
  A dor não irá ficar.

For H

 Sou apenas um pedaço de poeira no ar
 indigna até mesmo de ouvir um pássaro cantar
 Sou aquela figura que um dia se jogará no mar
 incapaz de um homem, verdadeiramente, amar.

 Meus olhos são assustadiços e cegos
 firmes, mas tristes e vazios
 e apesar da cegueira observam a todos de um canto frio

 Meus dedos são ageis e ligeiros
 e nada conseguem pegar
 mesmo que para puxar para mim o mundo estejam ansiosos
 só me servem para desejar

 Meus lábios são vermelhos
 murmuram palavras para te fazer se aproximar
 mas eles não alcançam seus olhos
 e só me sobra lamentar

 Atrás da face de Clara me escondo
 Assim nenhum espelho me mostrará a alma
 ferida, incompleta, abandonada
 E assim ninguém saberá qual foi meu crime hediondo

 Meu coração, ah, meu coração já foi firme e forte
 e agora está a deriva naquele mesmo mar onde tantas outras tentaram se matar
 Mas eu não quero me matar
 O que eu quero é te alcançar

 E abandonada nessa carteira rabiscada,
 um chiclete sem gosto e mais nada,
 lembro de sua voz e da minha fala embargada.

 Por que me esqueceu, meu amigo?
 Meus dias se resumiam a você, Higor,
 e agora mesmo tão perto, te sinto tão longe,
 como se algo em mim fosse desvanecer